ESTRÉIAS NOS CINEMAS

SEX AND THE CITY - O FILME
(Sex and the City: The Movie, EUA, 2008)
Direção: Michael Patrick King
Elenco: Kim Cattrall (Samantha Jones), Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw ), Kristin Davis (Charlotte York), Jennifer Hudson (I) (Louise), Chris Noth (Mr. Big), Mario Cantone (Anthony Marantino), Cynthia Nixon (Miranda Hobbes), Lynn Cohen (Magda)
Sinopse: Quatro jovens, desejáveis e cheias de desejo. Amigas inseparáveis na selva urbana de Nova York, trocando confidências sobre seus confusos relacionamentos sempre em mutação, tão diferentes quanto suas naturezas. Descubra o que aconteceu com Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, quatro anos depois do episódio final da série de sucesso.

Notas da Crítica:
Laís Cattassini, Cinema com Rapadura: 10/10
Cristiane Fernandes, Cinema com Rapadura: 9/10
Cassio Starling Carlos, Folha Ilustrada: 3/4
Marina Person, Guia da Folha: 3/4
Pedro Butcher, Guia da Folha: 3/4
Juliana Pereira, SET: 6/10
Amir Labaki, Guia da Folha: 2/4
Bruno Saito, Guia da Folha: 2/4
Christian Petermann, Guia da Folha: 2/4
Miguel Barbieri Jr., Veja SP: 2/5

Rodrigo Zavala, Cineweb: 2/5
Cecilia Giannetti, Folha Ilustrada: 1/4
Inacio Araujo, Guia da Folha: 1/4
Sergio Rizzo, Guia da Folha: 1/4
Camie Guimarães, Omelete: 1/5

ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO
(Before the Devil Knows Youre Dead, EUA, 2007)
Direção:
Sidney Lumet
Elenco
: Philip Seymour Hoffman (Andy), Ethan Hawke (Hank), Albert Finney (Charles), Marisa Tomei (Gina)
Sinopse: Em Nova York na manhã de um sábado em junho, na joalheria Hanson, um homem encapuzado entra armado, rende a atendente, uma senhora, e começa a colocar jóias, diamantes e dinheiro dos cofres na sua sacola.
A senhora parece assustada enquanto assiste o sujeito encapuzado quebrar as vitrines para roubar as jóias em exposição, mas quando percebe que ele está um pouco distraído, tira um revólver de uma gaveta e dispara contra o bandido, que é atingido e reage atirando na velhinha. A velhinha ainda consegue dar mais um tiro, que acerta em cheio o encapuzado, arremessando-o pela vitrine afora.
Três dias antes do roubo, Hank Hanson se encontrou com seu irmão mais velho, Andy, numa lanchonete. Hank estava passando por graves dificuldades financeiras.Já devia três meses da pensão de sua ex-mulher Martha, a mãe de Danielle, sua filha. Andy também está em um momento profissional difícil, e seu vício em maconha tem corroído sua vida familiar e financeira. Andy diz a Hank que tem um plano perfeito para ambos conseguirem um dinheiro extra sem correrem nenhum risco e sem prejudicar ninguém, já que o crime (um assalto) será praticado contra uma instituição protegida por seguro contra roubos.
Um dia antes do roubo, Charles Hanson, pai de Hank e Andy e dono de uma joalheria, dispensou a funcionária Doris para o expediente de sábado porque ela iria precisar de uma folga para cuidar dos netos. Charles estava preocupado com a renovação de sua carteira de habilitação e iria deixar a esposa na joalheria enquanto fazia os testes da auto-escola.
Notas da Crítica:
Yves Moura, Almanaque Virtual: 5/5
Alessandro Giannini, SET: 8,5/10

Alysson Oliveira, Cineweb: 4/5
Daniel Oliveira, Pílula Pop: 80/100
Marcelo Forlani, Omelete: 4/5
Inacio Araujo, Folha Ilustrada: 3/4
Carlos Eduardo Corrales, Delfos: 3,5/5
Miguel Barbieri Jr., Veja SP: 3/5

Geo Euzebio, Cineplayers: 4/10

JOY DIVISION
(Reino Unido EUA, 2007)
Direção:
Grant Gee
Depoimentos
de Richard Boon, Anton Corbijn, Kevin Cummins, Peter Hook, Annik Honore, Terry Mason, Stephen Morris, Pete Shelley, Tony Wilson.
Sinopse: Baseado em entrevistas feitas com pessoas que conviveram no ambiente da banda, o documentário mostra o trajeto da banda nascida na cidade inglesa de Manchester, bem como o suicídio de Ian Curtis - vocalista do Joy Divison - e como o grupo se reinventou para
continuar produzindo música, o que faz até hoje com o New Order.
Notas da Crítica:
Thiago Ney, Folha Ilustrada: 4/4
Erico Borgo, Omelete: 4/5
Rômulo Cyríaco, Almanaque Virtual: 4/5
Geo Euzebio, Cineplayers: 7/10
Alysson Oliveira, Cineweb: 3/5
Miguel Barbieri Jr., Veja SP: 3/5

6 comentários:

airtonshinto disse...

CAMIE GUIMARÃES, Omelete:

"Labels and Love". Marcas e Amor. Para os roteiristas de Sex and The City, o Filme, são essas as duas prioridades da mulher moderna. Então, se você concorda com eles, tem tudo para amar o longa-metragem mais esperado pelos fãs da série de TV que retrata a vida de quatro amigas na cidade de Nova York. Mas, se você acha que a premissa é um tanto reducionista, bem... prepare-se para passar um pouco de raiva e revirar os olhos aqui e acolá, especialmente durante as cenas de imaturidade emocional explícita - que não são poucas.

Antes de prosseguirmos, acho importante esclarecer: fui uma fã escancarada da série, exibida pela HBO entre os anos de 1999 e 2005. No ano passado, tomada pela saudade, cheguei a assistir no DVD a todas as temporadas, em mini-maratonas de final de semana. Por isso, é dolorido ter de admitir que o suado projeto de Michael Patrick King e Sarah Jessica Parker, que levou quatro anos para sair, simplesmente não funciona. Transposto para a tela grande, Sex and the City perdeu boa parte de seu charme e conseguiu o que parecia impossível: ficou chato.

E não é porque, como suspeitaram alguns críticos e espectadores, as protagonistas envelheceram e se transformaram numas caretas. Apesar das rugas, dos quilos a mais e das novas responsabilidades, Carrie (Sarah Jessica Parker), Charlotte (Kristin Davis), Miranda (Cynthia Nixon) e Samantha (Kim Cattrall) agem como se tivessem acabado de completar 20 anos. Isso não seria um grande problema se elas se contentassem em levar a vida de uma garota dessa idade. Ao contrário do que ocorria na série, as "meninas" não querem mais saber de sair todas as noites e ficar com o maior número de caras possível. Elas querem casar, ter filhos e comprar apartamentos de milhões de dólares. Mas não se comportam à altura de suas ambições.

No lugar das mulheres independentes, poderosas e (é preciso reconhecer) com roupas incríveis pelas quais nos apaixonamos na TV, encontramos no cinema criaturas infantis e birrentas, que lembram meninas de seis anos tentando se equilibrar nos sapatos de salto de suas mães, com os rostinhos transformados por batom borrado. Não surpreende, portanto, que o papel melhor resolvido seja o da novata Jennifer Hudson, que é contratada como assistente de Carrie. Esse tipo de comportamento se reflete diretamente no dos personagens masculinos. Embora Mr. Big (Chris Noth) esteja ótimo como o destruidor de corações canastrão e Steve (David Eigenberg) seja cada dia mais adorável, incomoda vê-los tão acuados. Eles têm pouquíssimas falas, nenhuma delas de grande relevância para a trama. Foram reduzidos quase que a figurantes, o que torna ainda maior a incongruência do filme. São esses bobões que as mulheres buscam tanto? Por que alguém com a cabeça no lugar lutaria pelo amor de indivíduos tão insossos?

Mas nem tudo está perdido. Há as tradicionais tomadas de lugares espetaculares em Manhattan, que nos fazem ter vontade de embarcar no primeiro vôo para lá. Uma ou outra cena romântica abandona o tom forçado e nos faz suspirar com gosto, como a que se passa na Ponte do Brooklin. Mas o principal atrativo é também o elemento que a série tinha de mais encantador, e que permanece a salvo no fime: o retrato da amizade entre mulheres, quase sempre tão frágil. É impossível não se embevecer em algumas cenas que nos fazem pensar nas nossas próprias amigas e em como a vida seria impossível sem elas. Por isso, leve as suas amigas mais queridas ao cinema. Só mesmo a companhia delas pode transformar as excessivas duas horas e vinte minutos numa ocasião memorável."

airtonshinto disse...

RODRIGO ZAVALA, Cineweb:

"Apesar de o último capítulo da série Sex and the City ter ido ao ar em 2004, a produção continua arrebanhando fãs pelo mundo, por meio das infindáveis reprises nos canais a cabo e a venda de DVDs. No Brasil, as temporadas chegaram a ser enviadas como brindes aos leitores da edição dominical de um jornal paulistano.
Nesse contexto, não é difícil entender os motivos pelos quais transformar a história em um filme pareceu uma idéia tão atrativa. Com a impressionante comunicação da série com os mais diversos públicos, o longa pode ser considerado uma das mais aguardadas estréias do ano.

Já no início da projeção de Sex and the City – O Filme, o diretor e roteirista Michael Patrick King traz ao espectador uma breve atualização sobre as personagens: a adorável Charlotte York (Kristin Davis), a irônica Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), a devoradora de homens Samantha Jones (Kim Cattrall), e, claro, a irreverente Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker).

No final da série, de forma previsível, todas alcançaram seus objetivos amorosos e profissionais. No entanto, o que poderia ter acontecido quatro anos depois? Afinal, durante seis anos, o programa da HBO combateu de forma cínica todos os preceitos vendidos pelos contos de fadas, em especial o “e viveram felizes para sempre”.

Com o desenrolar da história, percebe-se que apenas Charlotte está bem. Com um casamento feliz e uma filha adotada na China, posa como uma princesa de Upper West Side. Enquanto isso, suas amigas amargam provações em seus relacionamentos: o marido de Miranda a trai com outra mulher e Samantha alimenta fantasias com o vizinho, aumentando os problemas entre ela e seu namorado Smith Jerrod (Jason Lewis).

Já a personagem Carrie enfrenta agruras ainda maiores. Depois de 10 anos de um conturbado relacionamento, ela e seu namorado, Mr. Big (Chris Noth), finalmente decidem se casar. No entanto, John (nome real do personagem) titubeia na hora de entrar na igreja e Carrie se vê abandonada.

Nas cenas seguintes, o espectador experimentará uma hora de lições morais, que apontam para a importância da amizade, da auto-estima e da fé no amor. Se a música diz “love is a many splendored thing”, as personagens percebem a deixa e obedecem à melódica letra, sem o sarcasmo e o julgamento que tornaram a série tão conhecida.

Embora Sex and the City – O Filme tenha boas sacadas, o carisma das atrizes não segura a frouxa trama. Inspirado no ácido livro homônimo de Candace Bushnell, a série conseguiu conjugar narrativa, elenco, drama e merchandising (os sapatos de Manolo Blahnik tornaram-se um hit mundial). O filme peca exatamente pelo abuso nesse ponto.

Ao dar destaque aos 89 diferentes figurinos de Carrie, o filme torna-se mais um editorial da revista Vogue, do que propriamente cinema. Ao abrir espaço para piadas de banheiro, em vez de promover um humor educado, as protagonistas se assemelham às pessoas que mais gostam de ridicularizar: as de New Jersey. Quando não investe em uma narrativa dramática que se sustente, o filme nada mais é do que glitter. Quem não gosta de trocar a estética pelo conteúdo, irá se decepcionar. Mesmo sendo fã. "

airtonshinto disse...

LAÌS CATTASSINI, Cinema com Rapadura (ParteI):

"As mulheres começaram a encarar relacionamentos como homens? É possível encontrar o verdadeiro amor em N.Y.? 10 anos após o início da aclamada série e 4 após seu término, "SATC" retorna, agora no cinema.

Uma fórmula de sucesso foi criada em 1998, quando a HBO apostou em mostrar Sarah Jessica Parker no papel da jornalista Carrie Bradshaw, em conversas constantes consigo mesma e com suas 4 amigas sobre o que, de fato, mais importa, sexo e amor, nessa ordem. Kim Cattrall, como Samantha Jones, descarta o amor; Cynthia Nixon, como a advogada Miranda Hobbes, valoriza a lógica; e Kristin Davis, como Charlotte York, sonha com um final de conto de fadas. São 4 pontos de vistas diferentes, pontos com os quais toda mulher consegue se identificar com facilidade e personalidades que fãs atribuíam a si mesmas a cada novo episódio.

94 episódios ajudaram a definir com precisão os gostos e as vontades não apenas de Carrie, a protagonista, mas das outras 3 mulheres, tão ou mais interessantes quanto a jornalista. Seria realmente muito difícil transpor fatos e momentos para o cinema de modo a atingir fãs da série e pessoas que nunca assistiram a um único episódio de "SATC". O filme é para os que viram Miranda mudar e aceitar a vida de casada no Brooklyn, para os que se chocaram ao ver Samantha abandonar a vida poligâmica para abraçar o amor, para os que acompanharam o drama de Charlotte em seu primeiro casamento e as dificuldades em engravidar e, principalmente, para os que observaram todas as nuances do relacionamento entre Carrie e Mr. Big.

Miranda está casada e feliz em seu relacionamento com o barman Steve. Samantha se mudou para Hollywood para cuidar da carreira do namorado, o astro de TV Smith Jerrod. Charlotte consegui adotar uma menina chinesa, chamada Lily, e mantém a vida que sempre sonhou. Carrie continua apaixonada por John Preston, o Mr. Big, e planeja construir uma vida com ele. A vida pode muito bem terminar assim, com todos felizes e ambiciosos quanto ao futuro, mas apenas como último episódio de uma série ou, talvez, final de filme. A realidade não é nada semelhante e é partindo disso, da inconstância da humanidade, que o longa-metragem se desenvolve.

Felizes, Carrie e Big decidem oficializar a relação que durou quase 10 anos entre rompimentos e reconciliações. Os preparativos acabam tomando proporções épicas, o que não colabora para o já antigo medo de compromisso de John Preston.
(continua...)

airtonshinto disse...

LAÌS CATTASSINI, Cinema com Rapadura (ParteII):

(...continuação)
Enquanto isso, Miranda, constantemente ocupada e dividida entre as responsabilidades do trabalho, do filho, da sogra e, por fim, do casamento, se afasta de Steve. Sexo não é mais freqüente na vida do casal. Charlotte continua feliz e otimista, e Samantha, muito embora viva uma realidade tranqüila, sente falta da vida que deixou para trás para seguir o namorado.

Os conflitos, apesar de mais dramáticos do que retratados na série de TV, continuam muito parecidos e, a medida que os 148 minutos de projeção vão passando, a sensação é de que uma temporada inteira de "SATC" se desenrolou sem intervalos, sem reprises. Estão presentes as piadas típicas dos 6 anos de série e os variados estilos que tornaram Sarah Jessica Parker um ícone fashion.

O que muda da versão da tv para o cinema é muito pouco. Uma das novidades é Louise, uma jovem apaixonada contratada como assistente de Carrie. A personagem é dispensável e a atriz também. Jennifer Hudson incorpora a típica garota do interior que chega à cidade grande para realizar sonhos. Fica a dúvida de como a cantora transformada em atriz ganhou a premiação alguns anos antes. Louise é sem graça e sua participação tão rápida que não faz muita diferença na trama.

De resto, tudo continua da mesma maneira. É isso que torna "SATC - O Filme" perfeito. Abandonam-se as pretensões de se fazer um filme que mude a história do cinema, um filme tão memorável que entrará para a lista de grandes clássicos e ficam as sutilezas, os exageros e as qualidades que tornaram a série parte da cultura popular. Não precisa de nada além disso."

airtonshinto disse...

CRISTIANE FERNANDES, Cinema com Rapadura (PARTE I):

"Em 1998 estreava nos Estados Unidos a série da HBO "Sex and the City", que contava a história de quatro amigas bonitas, bem sucedidas e com vidas amorosas bastante agitadas: a protagonista e eventualmente narradora Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), escritora que tem uma coluna semanal chamada Sexo e a Cidade; Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), advogada workaholic e sarcástica que acha que pode comandar seus sentimentos do mesmo modo que controla sua vida profissional, Charlotte York (Kristin Davis), a eterna romântica que sonha em encontrar seu príncipe encantado, e Samantha Jones (Kim Cattrall), que acredita em... sexo, muito sexo, mas não em relacionamentos.

Suas histórias, problemas pessoais e profissionais, brigas e festas, amores e desamores nos foram apresentados durante as seis temporadas da série que foi um enorme sucesso em todo o mundo. A série tinha sempre em destaque o fato de que elas eram mulheres inteligentes, independentes e solteiras vivendo em uma sociedade que exige que você tenha um par.

O filme traz de volta, além das principais, outros personagens muito importantes, como o bonitão Mr. Big (Chris Noth) que, depois de muitos vai-e-vens, está finalmente numa relação duradoura com Carrie, Steve (David Eigenberg), marido de Miranda, Harry (Evan Handler), marido de Charlotte, Jerry (Jason Lewis), namorado de Samantha, e Stanford (Willie Garson) e Anthony (Mario Cantone), como os amigos gays que estão sempre as ajudando.

Tentando trazer novo frescor à história, introduziram a novata Louise (Jennifer Hudson), como assistente de Carrie. Quem acompanhava a série já vai conseguir perceber o primeiro grande mérito do filme: reunir todo o elenco principal original. Até Magda (Lynn Cohen), a empregada e babá de Miranda, e Enid Frick (Candice Bergen), a editora da Vogue para onde Carrie escreve esporadicamente, dão o ar da graça.

A história começa alguns anos depois de onde tudo terminou. Depois de um período de apresentações para situar o público que não acompanhava a série, somos colocados a par da situação atual das personagens. Miranda e Steve continuam vivendo no Brooklyn com o filho Brady (que parece de maneira assustadora ser realmente filho deles dois), mas estão passando por algumas crises no casamento. Charlotte e Harry estão felizes criando Lily, a chinesinha que eles adotaram, e morando no mesmo apartamento com seus muitos cachorros.
(continua...)

airtonshinto disse...

CRISTIANE FERNANDES, Cinema com Rapadura (PARTE II):
(continuação)

Samantha continua como agente de Jerry, está morando na Califórnia com ele e, acredite se quiser, está sendo fiel. E a história central gira em torno de uma decisão tomada por Carrie e Big: após comprarem um apartamento juntos, eles decidem oficializar o relacionamento e se casar. Alguns almoços, problemas e surpresas depois, o filme tem um final não propriamente inesperado, mas fora dos clichês tão vistos em outros do mesmo gênero.

A equipe precisa ser parabenizada. Michael Patrick King, diretor, produtor e escritor da série, volta com as mesmas funções no filme. Além dele, John Melfi, Darren Star e Sarah Jessica Parker entram como produtores no projeto. Eles conseguiram fazer mais do que um grande episódio. O longa está mais para uma temporada inteira condensada em 2 horas e 15 minutos. Apesar de parecer ser muito conteúdo (e é!), eles não deixam a peteca cair. Não somos sobrecarregados em momento nenhum. Pelo contrário, o ritmo é agradável e nos deixa sempre querendo mais. Os atores também voltaram com energia total, convincentes como sempre e criando a deliciosa sensação de que a série nunca acabou.

E seria impossível - e imperdoável - falar de "Sex and the City" sem falar de moda. Patricia Field (“O Diabo Veste Prada”), que vestiu as meninas durante os seis anos de série, voltou para continuar contando suas histórias através das roupas que elas usam durante o filme. Estima-se que foram necessários mais de mil figurinos para o todo o elenco. Apenas para Sarah Jessica foram necessárias 80 trocas de roupas. Os que gostam de moda não vão ficar decepcionados, podendo se maravilhar com os inúmeros modelitos usados pelas personagens e ainda com os apresentados durante uma reprodução de uma Semana da Moda.

A trilha sonora também está excelente, trazendo desde músicas modernas feitas especialmente para o filme, como ‘Labels Or Love’ interpretada pela Fergie, até regravações de clássicos como ‘How Deep is Your Love’, dos Bee Gees, interpretada por The Bird & The Bee, incluindo uma sensacional versão orquestrada da música tema da série.

Para os fãs da série, "Sex and the City – O Filme" será uma experiência maravilhosa, um reencontro, uma ótima maneira de matar a saudade dessas mulheres tão queridas com quem tantas de nós nos identificamos em diversos momentos. Para os que não acompanhavam a série, esta será uma oportunidade de conhecê-la, se interessar por ela e, com certeza, dar boas risadas com o filme mais sexy do ano."