TERÇA 26.11.13

SESSÃO BRASIL
2h35 Globo - Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei
(Brasil, 2008)
Direção: Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal
Depoimentos de: Max de Castro e Simoninha (filhos de Wilson Simonal e músicos), Chico Anysio (humorista), Nelson Motta (crítico musical), Carlos Mièle (produtor musical), Paulo Moura (músico), Castrinho (humorista), Pelé (rei do futebol), Tony Tornado (ator), Sérgio Cabral (jornalista), Artur da Távola (jornalista), Ziraldo (cartunista), Jaguar (cartunista), José Bonifácio Sobrinho, o Boni(produtor de TV).
Sinopse: Como é que pode o Rei do Suingue ser condenado ao ostracismo por falta de jogo de cintura?!
Pois é...esse é o paradoxo que marcou a vida de um dos maiores artistas da música brasileira: Wilson Simonal. "Alegria, Alegria" era o bordão desse cantor negro que orquestrava platéias gigantescas ao som de "Meu Limão, Meu Limoeiro" e "País Tropical" e comovia multidões ao cantar "Tributo a Martin Luther King" e dividir o palco com Sarah Vaughn.
O dom que ele tinha em dominar as massas, lhe faltou na hora de lidar com o sucesso. Simonal era auto-irônico, "mascarado" ("Mamãe Passou Açúcar em Mim") e carismático ao mesmo tempo, sendo mal interpretado numa época em que tudo era analisado com radicalismo: ou você era da Direita Perversa ou da Esquerda Intolerante. No meio desse tiroteio de ideologias, Simonal foi vitima das duas correntes. O precursor da musica pop Brasileira, intérprete da Pilantragem (estilo de música debochado e malandro da época cujo inspirador era Carlos Imperial), perdeu o rebolado quando não teve habilidade em lidar com uma situação financeira adversa, o que acarretou uma atitude intempestiva contra seu contador e deflagrou uma grande crise pessoal e artística em sua carreira, incluindo a decadência física com o alcoolismo e a depressão.
O menino negro e pobre, filho de empregada doméstica, cabo do exército que alcançou o sucesso graças ao seu talento, viu tudo desmoronar...julgado e renegado pelos seus colegas de trabalho e pela mídia, num boicote que durou mais de duas décadas.


Nenhum comentário: