(Brasil, 2011)
Sinopse: A convite da Mostra Internacional de Cinema, dez dos mais renomados diretores do mundo apresentam sua visão sobre a invisibilidade no mundo de hoje em segmentos filmados na cidade de São Paulo.
Do Visível ao Invisível, de Manoel de Oliveira
Com ironia e fino humor, acompanhamos o reencontro surpreendente de dois amigos, Ricardo e Leon, na Avenida Paulista, coração de São Paulo. Um é português, de passagem pelo Brasil, e o outro é brasileiro. Eles tentam conversar, mas ora o celular de um, ora o do outro toca, impedindo a conversa de se completar. Finalmente, eles decidem telefonar um ao outro para poder se comunicar. Falam da vida, da ética, do amor, da amizade e dos tempos que correm, cercados pelo ritmo incessante da cidade, com seus automóveis e pessoas que não podem parar.
Tributo ao Público de Cinema, de Jerzy Stuhr
O diretor polonês Jerzy Stuhr presta uma homenagem às plateias de cinema, filmando o público de uma das sessões de seu filme O Tempo de Amanhã (2003) na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ator, Stuhr sente falta da reação da plateia da sala.
Gato Colorido, de Guy Maddin
O vazio e o movimento no Cemitério da Consolação, em São Paulo, contrastados pelas imagens de seu morador, um gato preto, e os visitantes de um feriado de Finados.
Fábula – Pasolini em Heliópolis, de Gian Vittorio Baldi
Em 1968, o cineasta Pier Paolo Pasolini e seu produtor Gian Vittorio Baldi queriam filmar a vida do apóstolo São Paulo na periferia de uma grande cidade. 40 anos depois, essa memória volta ao produtor na cidade de São Paulo e ele decide visitar Heliópolis.
Tekoha, de Marco Bechis
A mata nativa do Parque Trianon, em plena Avenida Paulista, no coração de São Paulo, é redescoberta por índios Guarani-Kaiowá em sua visita à cidade. Quando eles saem do parque, são cercados por transeuntes curiosos.
Ver ou não ver, de Wim Wenders
Há algum tempo, Yasmin, Itamara e Dandara teriam ido para uma escola de cegos. Graças ao pioneiro programa desenvolvido pela doutora Silvia Veitsman, do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, que ensina crianças a usarem a visão residual desde cedo, as três meninas agora vão para escolas comuns.
Aventuras do Homem Invisível, de Maria de Medeiros
Um café da manhã servido numa bandeja avança pelos corredores de um hotel de luxo, num tilintar de louça. Abre portas de intimidades expostas sem pudor sob o olhar de um garçom, o homem que deve ser invisível e que por vezes vê mais do que queria.
Céu Inferior, de Theo Angelopoulos
O submundo do centro e dos subterrâneos de São Paulo e seus habitantes quase imperceptíveis. O colorido da arte urbana do grafite na melancolia do mundo exterior sem redenção, e o peso da consciência divina.
Yerevan - O Visível, de Atom Egoyan
Um homem vai a Yerevan, capital da Armênia, para resgatar a história de seu avô desaparecido. Ele leva um cartaz e uma série de fotos, à procura de mais informações, até a praça central da cidade (Praça da República, antiga Praça Lênin). Lá, ele chama atenção de um senhor que encontra, entre suas fotos, um velho amigo, morto naquela mesma praça, em uma repressão nunca divulgada no Brasil.
O Ser Transparente, de Laís Bodanzky
Para o japonês Yoshi Oida, criador do conceito do “ator invisível”, um ator consegue uma grande interpretação quando o espectador não o enxerga em cena. Misturando arte e documentário, o filme faz uma investigação sobre o trabalho do ator por meio de entrevistas como a de Monja Coen e performances como a do ator Lee Thalor.
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